O conjunto de técnicas e tratamentos que têm como finalidade o restabelecimento funcional e estético do sorriso é chamado de reabilitação oral. Essas práticas são conduzidas com base em exames prévios solicitados pelo profissional dentista como raio-x, percepções clínicas, tomografia da face e molde da arcada dentária.
Após avaliação de cada caso, analisando as estruturas bucais, os profissionais propõem o tratamento mais adequado, de acordo com a necessidade do paciente. O processo para a reabilitação oral pode incluir restaurações, extrações, limpeza, próteses fixas ou removíveis, lentes de contato ou facetas, aparelho ortodôntico e implante dentário.
O odontólogo Brunno Braga Leite, especialista em Implantodontia e diretor da Venko Inteligência Odontológica, destaca que é fundamental um planejamento minucioso e uma execução correta dos procedimentos, para que haja sucesso no tratamento. “Normalmente, são levados em consideração aspectos como as funções mastigatórias, harmonia do sorriso e do rosto de cada paciente, a qualidade da estrutura dental, a estética e, até mesmo, as condições da fonética da pessoa. Sem esquecer, é claro, da gengiva e dos ossos para além dos dentes”, afirma Leite.
Implantes
Os implantes dentários são suportes ou estruturas de metal (normalmente de titânio) posicionadas cirurgicamente no osso maxilar abaixo da gengiva para substituir as raízes dentárias e só devem ser realizados pelo profissional competente, ou seja, o dentista. Dessa forma, essas bases permitem a colocação de um ou vários dentes artificiais substitutos sobre eles.
As próteses sobre os implantes podem ser parciais e totais e trazem a fixação como grande benefício, pois não se movimentam durante a mastigação, por exemplo, e nem mudam de posição com a fala.
De acordo, com Brunno Leite, a alternativa é uma excelente opção para as pessoas que não conseguem se adaptar ou julgam as próteses tradicionais e dentaduras desconfortáveis. Para que o tratamento seja efetivo, é necessário que o paciente tenha gengivas e ossos saudáveis, dando sustentação ao implante, além de cuidados rigorosos com a higiene bucal.
Brunno Leite destaca que os benefícios dos implantes extrapolam a estética. “É claro que a naturalidade do procedimento é bastante relevante, contudo, a solução é muito positiva do ponto de vista das funcionalidades, já que melhora significativamente a mastigação e a fala de pacientes que perderam dentes”, esclarece.
Indicação e contra-indicação
Os implantes são indicados para pacientes que perderam um, vários ou até mesmo todos os dentes em decorrência de infecções, doenças periodontais, falta de cuidados e não tratamento de cáries profundas, bem como traumas em razão de acidentes.
Já para crianças e jovens que ainda não completaram o ciclo de crescimento ósseo, pacientes que fazem uso de medicamentos da classe dos bifosfatos - utilizados para o tratamento de alguns casos de osteoporose, doença de Paget e neoplasias malignas - o procedimento não é recomendado, pois pode haver interferência na modelação óssea e causar complicações.
No caso de pessoas portadores de diabetes, pressão alta e outras doenças crônicas, é importante que as doenças estejam controladas e o paciente tenha acompanhamento médico para a realização do implante, que pode ser unitário, múltiplo ou zigomático. Esse último tipo de procedimento é indicado para pacientes com atrofia maxilar severa, na qual se dispensa a necessidade do enxerto ósseo. Nesses casos a fixação do pino ocorre direto no osso zigomático, também conhecido como maçã do rosto.
Tecnologia
Segundo Brunno Leite, os implantes mais utilizados no mercado, em geral, são os do tipo hexágono externo, que estão no mercado há aproximadamente 30 anos. No entanto, destaca que houveram importantes avanços dos implantes ao longo do tempo e já existem os de conexão Cone Morse, por exemplo, tipo trabalhado pela Venko Inteligência Odontológica.
“Esse tipo de implante tem processo de cicatrização mais rápida, com menos efeitos colaterais e, atualmente, ganha espaço no mercado em razão de seus benefícios como melhor estética, adaptação, acomodação e menos perda óssea”, explica o odontólogo especialista em Implantodontia.
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