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Foto do escritorVenko Odontologia

Uso do fio dental ainda é desafio para a higiene bucal

Atualizado: 20 de fev. de 2021

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Periodontologia (Sobrape), nove a cada dez brasileiros são acometidos pela gengivite, uma inflamação na gengiva. A doença tem tudo a ver com a falta de higiene da boca, que não deve se resumir a escovação, mas incluir também o uso regular do fio dental. É ele que faz o contorno anatômico dos dentes, alcançando locais onde a escova não chega e tirando de lá os resíduos.


O problema é que, de acordo com informações do Conselho Federal de Odontologia (CFO), apenas 57% dos brasileiros declaram usar o fio dental diariamente para a limpeza dos dentes. Essa é uma realidade com a qual os dentistas se deparam diariamente, diz a cirurgiã dentista Carla Rockenbach. “As pessoas ainda encontram resistência diante do fio dental, seja por falta de tempo ou acesso financeiro ao produto”, diz;


A profissional alerta para a forma correta do uso, pois é comum dúvidas se ele deve ser utilizado antes ou depois da escovação. “O ideal é que a limpeza com o fio dental seja feita antes da escovação, e não o contrário, pois você retira a sujeira que a escova não consegue eliminar e traz ela para a flora da boca. A escovação vem em seguida como finalizador, nos dentes, gengiva, bochecha e língua”.



Existem dois tipos de fio dental: o de nylon (multifilamento) e o fio PTFE (monofliamento). No mercado é possível encontrar variações enceradas ou não, com sabores, além de uma infinidade de preços. “Como são de espessuras diferentes, é importante verificar a estrutura da boca, se os dentes são muito juntinhos”, explica a dentista.


Ela lembra ainda que o fio dental pode servir de alerta para o paciente, caso a gengiva sangre com sua utilização. “É preciso ficar atento, pois pode se tratar de uma gengivite – estágio inicial para a doença periodontal”, diz. Nessa hora, o dentista deve se procurado, mas Carla lembra que o ideal é não esperar uma emergência para se ir ao consultório. O ideal é que as pessoas façam consultas de rotina duas vezes por ano.


“Além das cáries e problemas periodontais, que afetam gengivas e ossos, existem doenças graves como câncer de boca que pode ser pré-diagnosticado pelo odontólogo, além de infecções bacterianas que podem atingir a corrente sanguínea e chegar ao coração”, detalha.


Para quem almeja a beleza do sorriso, a dentista lembra também que ter uma boca saudável é o primeiro passo para um tratamento estético bem sucedido e rápido. “Um paciente que precisa colocar aparelho ou deseja melhorar o sorriso com facetas, obrigatoriamente vai passar por exames para constatar a ausência de cáries e caso elas existam, elas precisam ser tratadas antes dos procedimentos estéticos”.

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